Tomada de posse 6 de setembro 2020
Pastoral Familiar
Rui e Mónica Candelária
O Batismo é o primeiro sacramento da Iniciação cristã, «o pórtico da vida no espírito e a porta que dá acesso aos outros sacramentos» (Catecismo da Igreja Católica 1213).
É o Sacramento daquela fé pela qual os homens, iluminados pela Graça do Espírito Santo, respondem ao Evangelho de Cristo (Ritual do Batismo).
Os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia, chamados ‘sacramentos da Iniciação Cristã’ lançam os alicerces de toda a vida cristã. O termo ‘iniciação cristã’ designa, com efeito, as etapas necessárias através das quais deve passar quem quer entrar na Igreja para nela prestar culto a Deus em Espírito e verdade (Jo 4, 23‐24).
A marcação da celebração do batismo de ser feita atempada e presencialmente na secretaria paroquial dentro dos horários de funcionamento da mesma. A documentação deve ser entregue na secretaria paroquial quinze dias antes da celebração, correndo o risco de, caso isso não se verifique, a celebração não aconteça.
Documentos necessários
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Assento do Registo Civil de Nascimento da Criança;
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Preenchimento de um formulário disponível na Secretaria Paroquial; (faça aqui o download)
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Fotocópia do Cartão de Cidadão dos padrinhos
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Se reside fora da Paróquia, deverá trazer uma autorização (Provisão de Batismo) do Pároco da sua Paróquia de residência.
Questões frequentes relacionadas com os Padrinhos/Madrinhas
Os padrinhos hão-de ajudar os pais da criança batizada no cumprimento da sua missão de educadores da fé. Por essa razão devem ser designados pelos pais ou quem de direito, considerando especialmente a idade, proximidade, formação e vida cristã, de forma que sejam capazes de influir eficazmente na educação cristã do que vai ser batizado. Batizada na fé da Igreja, a criança é apresentada e sustentada pela fé dos pais e padrinhos da qual hão‐de dar vivo testemunho, contribuindo assim para a formação e vivência cristã da criança ao longo do seu percurso de vida.
Segundo o Cân. 873, «haja um só padrinho ou uma só madrinha, ou então um padrinho e uma madrinha», apresentado na sua generalidade, constata‐se que nos encontramos perante uma normativa aberta e não dogmaticamente cerrada. Assim sendo:
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Há Batismo válido sem padrinhos e apenas com uma testemunha (cf. Cân. 875);
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Há Batismo válido mesmo sem testemunha, tratando‐se de um adulto (cf. Cân. 876);
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Há Batismo válido só com um padrinho (cf. Cân. 873);
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Há Batismo válido só com uma madrinha (cf. Cân. 873);
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Há Batismo válido com um padrinho e uma madrinha, conforme o citado Cân.873,
Por vezes, os pais apresentam à Igreja, para o múnus de padrinhos, fiéis que não harmonizam o perfil traçado pelo Cân. 874, por se encontrarem em situação irregular (apenas casados civilmente, casados canonicamente divorciados e recasados civilmente união de facto…). A fim de evitar o confronto desagradável da rejeição, podemos admitir esses fiéis como testemunhas do ato do Batismo.
Celebração do Batismo
Será agendado atempadamente um diálogo dos pais e padrinhos com o senhor padre para uma preparação adequada da celebração do Batismo.
A celebração do Batismo deve ser preparada em harmonia com as orientações do senhor padre.
Após a celebração batismal, o Pároco bem como os pais, padrinhos e comunidade em geral coresponsabilizem‐se para que o Batismo seja o início de uma longa e eficaz caminhada cristã. A família é o primeiro testemunho da fé para a vida em Jesus Cristo.
Breve Formação sobre o Sacramento
O que é o Batismo?
Segundo o Catecismo da Igreja Católica
O Batismo é o caminho do reino da morte para a Vida, a porta da Igreja e o começo de uma comunhão duradoura com Deus. [1213–1216, 1276–1278]
O Batismo é o Sacramento fundamental e a condição prévia para todos os outros sacramentos. Ele liga-nos a Jesus Cristo, insere-nos na Sua morte redentora na cruz, libertando-nos do poder do pecado, e faz-nos ressuscitar com Ele para uma Vida interminável. Visto que o Batismo é uma aliança com Deus, o batizando (ou os pais no batismo da criança) deve aceitá-lo na liberdade. (197)
195 — Como é celebrado o Batismo?
A forma clássica da celebração batismal é a tripla submersão do batizando na água. Muitas vezes, porém, a água é derramada três vezes sobre a cabeça do batizando. O ministro do Batismo diz as palavras: “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” [1229–1245, 1278]
A água simboliza a purificação e a vida nova, que já fora expressa pelo batismo de penitência de João Batista. O Batismo que é celebrado “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” implica mais do que um sinal de conversão e penitência; é vida nova em Cristo. Isso torna-se claro nos ritos explicativos da unção, da veste branca e da vela batismal.
196 — Quem pode ser batizado e o que é exigido de um candidato ao Batismo?
Pode ser batizada qualquer pessoa que ainda não é batizada. A única predisposição para o Batismo é a fé, que deve ser publicamente confessada por ocasião do Batismo. [1246–1254]
Uma pessoa que se volve para o Cristianismo não muda apenas a mundivisão. Ela percorre um caminho de aprendizagem (Catecumenato), no qual pela conversão pessoal e sobretudo pelo dom do Batismo, ela se torna uma pessoa nova. Agora, ela é um membro vivo no “Corpo de Cristo”.
197 — Por que conserva a Igreja a prática do Batismo das crianças?
A Igreja conserva, desde tempos antigos, o Batismo das crianças. Existe uma razão para isso: antes de termos decidido por Deus, já Deus Se tinha decidido por nós. O Batismo é, portanto, uma graça, um imerecido dom de Deus, que nos acolhe incondicionalmente. Os pais crentes, que desejam o melhor para o seu filho, desejam para ele também o Batismo, em que a criança é retirada do influxo do pecado original e do poder da morte. [1250, 1282]
O Batismo das crianças pressupõe que os pais cristãos introduzam o batizando na fé. É injusto negar o Batismo à criança por causa de uma liberalidade mal entendida. Assim como não se pode negar o amor a uma criança, com a justificação de que ela própria, mais tarde, se decidirá ou não pelo amor, também seria injusto que os pais crentes negassem ao seu filho a graça de Deus no Batismo. Assim como cada pessoa nasce com a capacidade para falar, embora tenha de aprender a língua, também cada pessoa nasce com a capacidade para crer, embora tenha de conhecer a fé. O Batismo não é, contudo, um enfeite; quando uma criança recebe o Batismo, ela tem de o “ratificar” mais tarde, ou seja, deve confirmá-lo, para que seja fecundo.
198 — Quem pode batizar?
Quem preside normalmente a uma celebração batismal é o Bispo, um Presbítero ou um Diácono. Em caso de emergência, qualquer cristão, ou mesmo qualquer pessoa, pode batizar, derramando água sobre a cabeça do batizando e dizendo a fórmula batismal: “Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” [1256, 1284]
O Batismo é tão importante, que até uma pessoa que não é cristã pode ser o seu ministro. Ela apenas tem de ter a intenção de fazer o que a Igreja faz quando batiza.
199 — Porventura o Batismo é o único caminho para a salvação?
Para todos os que acolheram o Evangelho e ouviram que Cristo é o “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14, 6), o batismo é o único caminho para Deus e para a salvação. É verdade que Cristo morreu por toda a humanidade. Portanto, também encontram a salvação as pessoas que, embora não tenham tido oportunidade de conhecer Cristo e a fé, procuram Deus de coração sincero e orientam uma vida segundo a sua consciência (trata-se do batismo de desejo).
Deus ligou a salvação aos Sacramentos. Por isso, a Igreja tem de oferecer a todos incansavelmente. Desistir da missão seria uma traição ao mandamento de Deus. Deus, não obstante, não está ligado aos seus sacramentos. Quando a Igreja, por culpa própria ou por outras razões, não cumpre sua missão ou vê os seus trabalhos gorados, o próprio Deus abre um outro caminho para salvar as pessoas. (136)
200 — O que acontece no Batismo?
No Batismo, tornamo-nos membros do “corpo de Cristo”, irmãs e irmãos do nosso Redentor e filhos de Deus. Somos libertados do pecado, arrebatados da morte e destinados a uma vida na alegria dos redimidos. [1262–1274, 1279–1280]
Ser batizado significa: a minha história de vida pessoal mergulha na corrente do amor de Deus. “A nossa vida”, diz o Papa Bento XVI, “pertence a Cristo, não a nós mesmos. […] Acompanhados por Ele, aliás, acolhidos por Ele no Seu amor, libertamo-nos do medo. Ele envolve-nos e leva-nos aonde quer que formos — Ele que é a própria Vida.” (07.04.2007) (126)
201 — Que significado tem o nome dado por ocasião do Batismo?
Através do nome que adquirimos no Batismo, Deus diz-nos: “Chamei-te pelo teu nome, tu és Meu!” (Is 43, 1) [2156–2159, 2165–2167]
No Batismo, o ser humano não se dissolve numa divindade anônima, mas é precisamente confirmado na sua individualidade. Ser batizado com um nome significa: Deus conhece-me; Ele aceita-me como sou e acolhe-me para sempre na minha inconfundível unicidade. (361)
202 — Por que devem os cristãos escolher para o Batismo os nomes de grandes santos?
Não há melhores modelos e e melhores auxiliares que os santos. Quando o meu nome é um nome de um santo, tenho pelo menos um amigo junto de Deus. [2156–2159, 2165–2167]